A lombalgia nos pilotos de helicóptero

A profissão cresce e traz aumento desta conseqüência negativa.

A lombalgia nos pilotos de helicóptero

A profissão cresce e traz aumento desta conseqüência negativa.

A profissão de piloto de helicóptero tem crescido de maneira significativa nos últimos anos no Brasil, por ser esse um dos ramos da aviação que mais cresce no país. A frota brasileira cresce rapidamente, principalmente nos grandes centros, que contam hoje com aproximadamente 975 helicópteros entre aeronaves civis e militares, a sétima maior frota do mundo.

Cerca de 30% dos helicópteros são militares e 70% fazem parte de uma crescente frota civil. A maior parte dos helicópteros civis se encontra em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A cidade de São Paulo possui o maior tráfego aéreo da América Latina e o segundo maior do mundo, ficando atrás somente de Nova York.

Porém, o mérito da capital paulista possuir a maior frota de helicópteros no Brasil, com aproximadamente 480 aeronaves, traz uma conseqüência negativa. A Capital paulista também abriga a maior incidência de pilotos de helicóptero com dores lombares.

Estudo realizado na Itália em 2004 demonstrou que 94% dos pilotos entrevistados apresentavam lombalgia. O índice se revelou maior com o aumento da idade e menor entre aqueles que realizavam atividades físicas.

Recentes pesquisas norte-americanas indicam também que tripulantes de helicóptero apresentam dores lombares mais frequentemente se comparados a não-tripulantes. O resultado foi associado à disposição ergonômica (formato adequado ao ser humano) da aeronave. A ocorrência total de lombalgia em pilotos foi de 82%, segundo o estudo.

A lombalgia representa um problema de grande importância clínica e de saúde pública nos países industrializados. É considerada a causa mais freqüente de limitação ocupacional em indivíduos com menos de 45 anos e a segunda razão mais freqüente para consultas médicas. Aproximadamente, 80% da população mundial já apresentaram pelo menos um episódio de lombalgia.

A lombalgia pode ser definida como qualquer dor na região entre a 12ª costela e a prega glútea inferior, podendo ser aguda ou crônica. Existem alguns fatores de risco para dor lombar, entre eles ter como profissão dirigir e sofrer exposição à vibração por longos períodos. As principais causas associadas à lombalgia em pilotos de helicóptero são: exposição à vibração, postura inadequada e carga de trabalho.

No Brasil, eu e a quiropraxista Vanessa Mergulhão acabamos de apresentar os resultados obtidos por meio de questionários específicos respondidos por mais de 50 pilotos de helicópteros da cidade de São Paulo, selecionados aleatoriamente, em nossa tese de bacharelado.

Na pesquisa, não foi encontrada relação entre a dor lombar e os seguintes aspectos: modelo da aeronave, quantidade de horas de sono, hábito de ingerir bebidas alcoólicas e fumar, total de horas de vôo e avaliação subjetiva dos pilotos em relação ao conforto do assento e à intensidade de vibração da aeronave.

Os dados expostos e relacionados na pesquisa brasileira demonstraram que a dor lombar nos pilotos de helicóptero é caracterizada como não incapacitante e de baixa intensidade, porém crônica e persistente. Ela está possivelmente associada aos aspectos ergonômicos do helicóptero, os quais exigem uma postura assimétrica (rotação do tronco) do piloto.

Apesar de não ser severa, a dor lombar pode distrair o piloto durante o vôo, interferindo em sua performance. Este argumento é sustentado por uma revisão de dez anos de restrições de vôo para pilotos das Forças Canadenses, onde a lombalgia foi a segunda causa mais comum, depois de pequenos erros, de restrições operacionais de vôo.

Os dados colhidos na nossa pesquisa demonstraram que os pilotos de helicóptero na cidade de São Paulo são em maioria do sexo masculino, com idade média de 37,5 anos e tempo médio de profissão de 11,2 anos. São indivíduos de hábitos saudáveis, já que a maioria pratica atividades físicas regularmente, não é fumante e apresenta peso saudável.

Foi encontrada uma alta prevalência de lombalgia entre os pilotos de helicóptero, e a maioria deles associa a dor a fatores relacionados ao trabalho, como a ergonomia da aeronave. Observamos que os pilotos com queixa de dor lombar têm tendência a serem mais sedentários, sono menos restaurador e mais sujeitos a estresse no trabalho do que os pilotos sem dor lombar. A grande maioria dos casos de lombalgia nos pilotos de helicóptero estudados é caracterizada como crônica, não incapacitante e de baixa intensidade.

Os problemas lombares crônicos são os principais responsáveis pelos crescentes custos decorrentes de faltas no trabalho, planos de saúde e pelos riscos de acidentes, podendo levar até a perda de vidas e aeronaves. Justifica-se, portanto, a instituição precoce de terapias não-invasivas e de eficácia comprovada, como a Quiropraxia, com o principal objetivo de proporcionar rápido retorno à atividade e impedir a cronificação e recorrência dos sintomas.

A Quiropraxia é uma profissão na área da Saúde que se dedica ao diagnóstico, tratamento e prevenção de alterações do sistema neuro-músculo-esquelético, ou seja, aos problemas de articulações, músculos, tendões, nervos e outras estruturas e seus efeitos sobre o sistema nervoso e a saúde em geral. A terapia apresenta ênfase em tratamentos manuais, incluindo manipulação vertebral.

Os objetivos do tratamento de Quiropraxia são restaurar a mobilidade normal das articulações, melhorar a flexibilidade muscular, a coordenação, força e resistência. Seu índice de eficácia em casos de lombalgia é alto, podendo chegar a 90% em menos de dois meses. Caso reconheça algum dos sintomas citados, procure um especialista.


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